CONVERSÃO METABÓLICA VERDE DE MILHOCINA E MANIPUEIRA NA PRODUÇÃO DE QUITOSANA COM ELEVADO GRAU DE DESACETILAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2406Palavras-chave:
BIOPOLÍMEROS, QUITOSANA FÚNGICA, RESÍDUOS AGROINDUSTRIAISResumo
Introdução: O uso de resíduos agroindustriais em processos fermentativos tem despertado grande interesse no âmbito da sustentabilidade ambiental e econômica, por se tratar de fontes naturais e renováveis com grande potencial biotecnológico praticamente inexplorado, sendo descartados na maioria das vezes. Diversos estudos têm discutido as inúmeras vantagens do uso desses resíduos como substrato alternativo para produção de biomassa empregada em bioprocessos. Objetivo: O presente estudo apresenta um método que utiliza uma conversão metabólica verde de dois resíduos agroindustrais, milhocina e manipueira, na produção de quitosana, um biopolímero de alta massa molecular e grande aplicabilidade biotecnológica. Material e métodos: Um Planejamento Fatorial completo 22 foi desenhado para avaliar os principais efeitos e interações das variáveis independentes, milhocina (licor de maceração de milho) e manipueira (água residual da prensa da mandioca), no rendimento de biomassa e quitosana, como variáveis respostas, produzidas pela espécie Cunninghamella elegans (UCP 1306). Também foi realizada a análise das alterações morfológicas observadas na espécie cultivada em cada ensaio do Planejamento Fatorial, e a quitosana obtida foi analisada em Espectroscopia de Infravermelho com transformada de Fourier (FT-IR). Resultados: O maior rendimento de biomassa (6,375 g/L) e quitosana (101,7 mg/g) foi alcançado no meio composto de milhocina 4% e manipueira 4%, no qual C. elegans (UCP 1306) apresentou predominância de hifas frouxas e ramificadas com presença de septações e formou pellets de 0,4 a 0,5 mm e clumps de até 0,1 mm. Na análise estatística, a maior concentração de milhocina contribuiu significativamente para o crescimento da espécie (p=0,00124). As bandas da FT-IR confirmaram o grau de desacetilação de 84,61% da quitosana produzida por C. elegans (UCP 1306). Conclusão: Os dados experimentais sugerem que o uso de milhocina e manipueira como fontes sustentáveis de carbono e nitrogênio é uma associação promissora para a produção de quitosana com elevado grau de desacetilação.
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