REVISÃO SISTEMÁTICA DO USO DE HETERÓPTEROS AQUÁTICOS E SEMIAQUÁTICOS COMO BIOINDICADORES DE QUALIDADE DA ÁGUA
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2310Palavras-chave:
CONSERVAÇÃO AMBIENTAL, INSETOS AQUÁTICOS, MONITORAMENTO AMBIENTAL, PERCEVEJOS AQUÁTICOS, PERCEVEJOS PATINADORESResumo
Introdução: Mudanças climáticas e perturbações antrópicas são os grandes causadores do declínio da biodiversidade e da qualidade ambiental. Nesse cenário, corpos d’água vem sendo cada vez mais prejudicados por impactos ambientais causados pela atividade humana. Dentre os recursos hídricos, as bacias hidrográficas, integram eventos aplicados ao sistema terrestre e aquático em seu entorno, através do fluxo natural de materiais orgânicos e inorgânicos. Assim, através da análise de características presentes nesse ecossistema hídrico é possível fornecer evidências e informações sobre a atuação do homem no ambiente. Procedimentos rotineiros utilizam parâmetros químicos para análise de águas para obter tais informações. Entretanto, eventos poluidores de curto prazo e metais pesados podem não ser detectados, além das análises químicas não fornecerem indicações de natureza física e biológica das modificações nesses ecossistemas. Nesse panorama, estudos de monitoramento ambiental utilizando organismos das comunidades presentes nos sistemas hídricos se mostram eficientes. Dentre os organismos que compõem a comunidade biológica em ecossistemas aquáticos, os percevejos aquáticos e semiaquáticos (Insecta: Hemiptera: Heteroptera: Nepomorpha e Gerromorpha) desempenham papel importante atuando como elementos intermediários nas cadeias alimentares controlando populações de presas e sendo alimento para outros, servindo assim como índice de monitoramento ambiental. Objetivos: Realizar o levantamento de dados sobre a utilização de heterópteros aquáticos e semiaquáticos como bioindicadores. Material e Métodos: Nesse trabalho, foi realizada revisão sistemática da literatura sobre de heterópteros aquáticos e semiaquáticos como bioindicadores de qualidade da água utilizando a metodologia PRISMA para estudos sistemáticos e de meta-análise. Resultados: Entre os estudos analisados, 53,8% foram realizados na região neotropical e o restante foi distribuído nas regiões paleártica, neártica e oriental. Foi possível destacar o potencial desses táxons em três funções relacionadas a bioindicação: a de detectoras, a de acululadoras e a sentinelas de substâncias na cadeia trófica e no corpo hídrico. Conclusão: O estudo evidenciou a eficácia, rapidez e baixo custo do uso desses organismos para diagnosticar a saúde de ecossistemas aquáticos. De acordo com a escolha do grupo taxonômico, é possível retratar informações sobre alterações ambientais pretéritas ou em curso.
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