LEVANTAMENTO DE NINHOS DE ABELHAS “SEM FERRÃO” (APIDAE: MELIPONINI) EM AMBIENTE URBANO
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2307Palavras-chave:
ABELHA, CIDADE, ITAPETINGA, NINHOSResumo
Introdução: As abelhas nativas “sem ferrão”, são assim chamadas por terem o ferrão atrofiado, vestigial. Conhecidas como meliponídeos, possuem hábitos diurnos, com sua colônia formada por rainha, princesas, operárias e zangões. Apresentam grande importância para a natureza como agentes polinizadores, promovendo a manutenção da biodiversidade. São insetos que nidificam principalmente em ocos de árvores, fendas de rochas, ninhos abandonados, por cupins ou formigas e podem fazer ninhos aéreos. Com a urbanização começaram a buscar locais na cidade para nidificar, utilizando de muros, paredes de casas, postes e solos para construção de seus ninhos. Objetivo: O objetivo desse estudo é realizar um levantamento dos ninhos naturais de abelhas encontradas no ambiente urbano da cidade de Itapetinga, na Bahia. Material e métodos: O trabalho foi realizado através de caminhadas aleatórias, ao longo de 20 bairros na cidade, correspondendo a 67% do total, de junho a agosto de 2021. Realizado pelo período da manhã, com temperaturas em torno de 21 °C, das 08 às 12 horas, dando preferência às praças e locais próximos à jardins domiciliares. Estes ambientes foram escolhidos por apresentar maiores ofertas de recursos e assim maior probabilidade de nidificação nas proximidades. Resultados: Foram encontrados 5 ninhos de abelhas, do gênero Tetragonisca, identificação possibilitada pela entrada característica do ninho. O 1° estava em uma árvore com tronco oco; o 2° em uma fenda na parede ao lado de uma goiabeira Psidium guajava L.; o 3° em uma fenda em uma parede de tijolo, próximo ao chão; o 4° em uma cavidade dentro de um poste; e o 5° em uma planta arbustiva, Cycas L. spp. A distribuição ficou restrita a dois bairros da cidade. Ambos apresentavam proximidade com pequenas praças e jardins domiciliares, com espécies de plantas variadas, principalmente frutíferas, que influenciaram positivamente na sobrevivência das abelhas. Conclusão: Os resultados deste estudo contribuem para o conhecimento das espécies de abelhas, promoção de práticas para ampliação das áreas com flora apícola, e incentivo para a conservação das abelhas “sem ferrão” em ambientes urbanos.
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