PROTEÍNAS DE INSETOS: FONTE DE PEPTÍDEOS BIOATIVOS

Autores

  • Heloisa de Fátima Mendes Justino
  • Fabio Ribeiro Dos Santos
  • Bruno Ricardo De Castro Leite Junior

DOI:

https://doi.org/10.51189/rema/2305

Palavras-chave:

ENTOMOFAGIA, HIDRÓLISE ENZIMÁTICA, PROPRIEDADES BIOLÓGICAS

Resumo

Introdução: A entomofagia, isto é, a prática de comer insetos, vem crescendo ao longo dos últimos anos devido ao baixo impacto ambiental, elevado valor nutricional e potenciais benefícios à saúde. A composição nutricional destes animais varia de acordo com a espécie, estágio de desenvolvimento, origem, alimentação, entre outros fatores. Estes alimentos apresentam elevado teor proteico (atingido valores de até 61%) de alta qualidade nutricional com um adequado perfil de aminoácidos essenciais. Em paralelo, a hidrólise enzimática de proteínas vem sendo aplicada visando a geração de peptídeos com relevantes propriedades biológicas, como exemplo, atividade antioxidante, antidiabética, anti-hipertensiva, antimicrobiana e outras. Objetivo: Neste contexto, essa revisão apresenta o potencial de insetos comestíveis, como substrato proteico para a produção de peptídeos bioativos. Materiais e Métodos: O processo metodológico adotado foi a pesquisa bibliográfica em bases acadêmicas virtuais (Scoups, Scielo e Google acadêmico) utilizando as palavras chaves: “insetos comestíveis”, “peptídeos bioativos”, “hidrólise enzimática de insetos comestíveis” para obtenção de artigos científicos publicados nos últimos 5 anos. As proteínas de insetos comestíveis são fontes de peptídeos bioativos. Resultados: Geralmente, esses pequenos fragmentos são formados por menos de 20 resíduos de aminoácidos com massa molecular <6 kDa. Pesquisadores sugerem que os peptídeos com massa molecular menor que 1kDa são melhores para incorporação em alimentos, devido à melhor absorção na forma intacta pelo sistema circulatório. Dentre os principais insetos com potencial de geração de peptídeos bioativos, destacam-se os peptídeos obtidos do Grilo (Amphiacusta annulipes) e do tenébrio gigante (Zophobasmorio) com capacidade antioxidante, os peptídeos do gafanhoto-do-deserto (Schistocerca gregária) e da larva-da-farinha (Tenebrio molitor) com bioatividade anti-hipertensiva e os peptídeos do grilo-doméstico tropical (Gryllodes sigillatus) desempenhando atividade antioxidante, antidiabética e anti-hipertensiva. Conclusão: Desta forma, a hidrólise enzimática das proteínas de insetos possibilita a obtenção de peptídeos bioativos, podendo estes serem utilizados em formulações alimentícias ou em nutracêuticos. Neste sentido, outros estudos vem sendo conduzidos para o desenvolvimento de técnicas de incorporação desses peptídeos em diferentes matrizes alimentícias. 

Publicado

2021-11-01

Como Citar

Justino, H. de F. M., Santos, F. R. D. ., & Junior, B. R. D. C. L. . (2021). PROTEÍNAS DE INSETOS: FONTE DE PEPTÍDEOS BIOATIVOS. Revista Multidisciplinar De Educação E Meio Ambiente, 2(4), 14. https://doi.org/10.51189/rema/2305

Edição

Seção

I Congresso Brasileiro On-line de Biologia de Insetos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)