PROTEÍNAS DE INSETOS: FONTE DE PEPTÍDEOS BIOATIVOS
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2305Palavras-chave:
ENTOMOFAGIA, HIDRÓLISE ENZIMÁTICA, PROPRIEDADES BIOLÓGICASResumo
Introdução: A entomofagia, isto é, a prática de comer insetos, vem crescendo ao longo dos últimos anos devido ao baixo impacto ambiental, elevado valor nutricional e potenciais benefícios à saúde. A composição nutricional destes animais varia de acordo com a espécie, estágio de desenvolvimento, origem, alimentação, entre outros fatores. Estes alimentos apresentam elevado teor proteico (atingido valores de até 61%) de alta qualidade nutricional com um adequado perfil de aminoácidos essenciais. Em paralelo, a hidrólise enzimática de proteínas vem sendo aplicada visando a geração de peptídeos com relevantes propriedades biológicas, como exemplo, atividade antioxidante, antidiabética, anti-hipertensiva, antimicrobiana e outras. Objetivo: Neste contexto, essa revisão apresenta o potencial de insetos comestíveis, como substrato proteico para a produção de peptídeos bioativos. Materiais e Métodos: O processo metodológico adotado foi a pesquisa bibliográfica em bases acadêmicas virtuais (Scoups, Scielo e Google acadêmico) utilizando as palavras chaves: “insetos comestíveis”, “peptídeos bioativos”, “hidrólise enzimática de insetos comestíveis” para obtenção de artigos científicos publicados nos últimos 5 anos. As proteínas de insetos comestíveis são fontes de peptídeos bioativos. Resultados: Geralmente, esses pequenos fragmentos são formados por menos de 20 resíduos de aminoácidos com massa molecular <6 kDa. Pesquisadores sugerem que os peptídeos com massa molecular menor que 1kDa são melhores para incorporação em alimentos, devido à melhor absorção na forma intacta pelo sistema circulatório. Dentre os principais insetos com potencial de geração de peptídeos bioativos, destacam-se os peptídeos obtidos do Grilo (Amphiacusta annulipes) e do tenébrio gigante (Zophobasmorio) com capacidade antioxidante, os peptídeos do gafanhoto-do-deserto (Schistocerca gregária) e da larva-da-farinha (Tenebrio molitor) com bioatividade anti-hipertensiva e os peptídeos do grilo-doméstico tropical (Gryllodes sigillatus) desempenhando atividade antioxidante, antidiabética e anti-hipertensiva. Conclusão: Desta forma, a hidrólise enzimática das proteínas de insetos possibilita a obtenção de peptídeos bioativos, podendo estes serem utilizados em formulações alimentícias ou em nutracêuticos. Neste sentido, outros estudos vem sendo conduzidos para o desenvolvimento de técnicas de incorporação desses peptídeos em diferentes matrizes alimentícias.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Revista Multiprofissional de Educação e Meio Ambiente implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Multiprofissional de Educação e Meio Ambiente como o meio da publicação original. O conteúdo relatado e as opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.