TOXOPLASMOSE EM CETÁCEOS
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2264Palavras-chave:
DOENÇA PARASITÁRIA, ENCALHE, MAMÍFEROS MARINHOS, POLUIÇÃOResumo
Introdução: A degradação de habitats aumenta o contato entre animais e seres humanos e uma das diversas consequências é a incrementação de patologias nas populações de animais selvagens. A Toxoplasmose é uma das principais, sendo uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii que tem como hospedeiros finais felídeos e intermediários, mamíferos e aves. Apesar de acometer muitos cetáceos, os estudos ainda são escassos, principalmente no Brasil. Objetivos: Analisar as consequências da Toxoplasmose em cetáceos e nos ambientes associados. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica com materiais retirados do Google Scholar e PubMed em setembro de 2021. Os termos “Toxoplasmose em Mamíferos Marinhos”, “Toxoplasmose em Cetáceos” e “Toxoplasmose e Poluição” foram filtrados para a seleção dos trabalhos desta revisão. As literaturas selecionadas são em inglês e português, publicadas entre os anos de 2009 e 2020. Resultados: O T. gondii ocasiona encalhe e óbito em vários cetáceos, causando lesões como: hepatite necrosante, linfadenite e necrose linfóide, pneumonia intersticial, encefalite não supurativa e meningoencefalite. A via de infecção permanece desconhecida devido à baixa ingestão de água desses animais, porém uma hipótese aceita é que ela está associada a ambientes marinhos poluídos nas proximidades da costa, com escoamento de fezes de felídeos ou solo contaminado com oocistos que comprometem a água do mar, seja por drenagens fluviais, efluentes contaminados ou dos lastros de navios; sugere-se também que cetáceos podem se contaminar através da ingestão de hospedeiros paratênicos (animais ectotérmicos), os quais obtém o oocisto esporulado pela água contaminada. Conclusão: A toxoplasmose é uma patologia causada pelo protozoário T. gondii e sua presença em cetáceos gera lesões que causam o encalhe e a morte desses animais. A contaminação ocorre por fezes de felídeos ou oocistos no ambiente e por ingestão de hospedeiros paratênicos. Sendo assim, a infecção pode ser uma ferramenta para a avaliação da contaminação de ecossistemas marinhos. Por ser uma doença presente tanto em cetáceos de vida livre quanto em cativeiro, é de suma importância entendê-la e promover mais estudos, a fim de implementar uma profilaxia, analisando os impactos que podem causar no ambiente e nos cetáceos que são acometidos.
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