GERMINAÇÃO IN VITRO DE Passiflora foetida L. (Passifloraceae)

Autores

  • Aline dos Santos Bergamin Universidade Federal do Espírito Santo
  • Cristiana Torres Leite
  • Milene Miranda Praça Fontes

Resumo

Introdução: O desenvolvimento de estratégias para conservação de espécies de Passiflora in vitro é fundamental, devido sua relevância econômica, ecológica e da suscetibilidade ao risco de extinção. Nesse sentido, ferramentas da cultura de tecidos in vitro vêm sendo empregadas com a finalidade de estabelecer protocolos de propagação. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos dos diferentes meios de cultura, as condições físicas das sementes e as condições de luminosidade na germinação de Passiflora foetida L. Material e métodos: Sementes foram coletadas na cidade de Cachoeiro de Itapemirim - ES, desinfestadas e inoculadas em diferentes meios de cultura: MS, MS com metade das concentrações dos sais (MS½), B5 e AS. O experimento foi montado em delineamento inteiramente casualizado em fatorial duplo com 10 repetições para cada tratamento, variando presença ou ausência de pericarpo das sementes e condições de luminosidade, claro ou escuro, totalizando 160 amostras. A germinação foi avaliada semanalmente ao longo de 56 dias, obtendo-se o Índice de Germinação (IG). Ao final, os seguintes parâmetros foram mensurados: altura da plântula, massa fresca e massa seca, comprimento das raízes e número de folhas. A análise estatística foi realizada com o teste F e teste Tukey a 5% de significância. Resultados: Os primeiros sinais de germinação foram observados nas sementes sem o pericarpo com 21 dias. O maior IG ocorreu no escuro, onde 95% dos explantes germinaram. No claro, o IG foi de 65%. Para o comprimento radicular, houve diferença significativa entre o ambiente claro e escuro. O escuro proporcionou maior altura das plântulas no meio MS½. As plântulas desenvolvidas no escuro apresentaram o maior número de folhas, porém, com menor tamanho quando comparadas com as folhas das plântulas desenvolvidas no claro. A maior massa fresca foi observada no meio MS½ no claro e a maior massa seca no ambiente escuro, também no meio MS½. Apenas sementes sem o pericarpo permitiram a germinação e a presença ou ausência de luz não interferiu no IG da cultura in vitro. Conclusão: Os melhores resultados foram observados no meio MS½ em ambas as condições de luminosidade, demonstrando ser o meio mais adequado para a germinação de P. foetida.

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Publicado

2020-09-01

Como Citar

dos Santos Bergamin, A. ., Torres Leite, C. ., & Miranda Praça Fontes, M. . (2020). GERMINAÇÃO IN VITRO DE Passiflora foetida L. (Passifloraceae). Revista Multidisciplinar De Educação E Meio Ambiente, 1(1), 102. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rema/article/view/178