ESTRUTURA POPULACIONAL DE Cichla kelberi E C. piquiti

Autores

  • Geovana de Souza Andrade Universidade Federal do Tocantins
  • Fernando Mayer Pelicice

Resumo

Introdução: Na bacia do rio Tocantins, as espécies Cichla kelberi e C. piquiti são nativas, têm sido favorecidas e abundam nos ambientes do represamento. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo analisar a estrutura populacional (biomassa, comprimento e proporção sexual) das duas espécies para estudar a interação entre as duas espécies em condição nativa. Material e métodos: As coletas ocorreram entre os anos de 2010 à 2020, na região superior do reservatório da UHE de Lajeado, rio Tocantins. Foram feitas coletas em 13 pontos, no período de 8 às 18 horas, utilizando iscas artificiais de superfície, vara, carretilha e barco motorizado. Os tucunarés capturados foram armazenados em gelo e posteriormente levados para o freezer no laboratório do Núcleo de Estudos Ambientais (Neamb) na Universidade Federal do Tocantins. Em laboratório verificamos quais espécies capturamos, aferimos com uma régua o comprimento corporal total e padrão e o peso dos tucunarés. Resultados: Durante o estudo capturamos 131 C. kelberi e 569 C. piquiti. A variação nas classes de peso de C. kelberi esteve nos intervalos de 86g e 1.400g e C. piquiti entre 55g e 3.400g. Em ambas as espécies a maioria dos indivíduos esteve entre 300g e 600g, com exceção de C. piquiti que apresentou indivíduos com até 3.600g. Analisando as classes de comprimento padrão, C. kelberi apresentou registros no intervalo entre 15 cm e 40 cm e C. piquiti entre 10 cm e 55 cm. A maioria dos indivíduos de C. kelberi esteve no intervalo de 20 a 25 cm. Já C. piquiti indivíduos tinham entre 20 e 30 cm, além disso, apresentou indivíduos com mais 50 cm. Houve diferença na proporção de fêmeas e machos capturados para ambas as espécies, com predomínio de machos, sendo 89 machos para 49 fêmeas de C. kelberi e 328 machos para 241 fêmeas de C. piquiti. Conclusão: Cichla piquiti apresentou maiores comprimentos e pesos do que C. kelberi, isso pode indicar possível vantagem competitiva. Ressalta-se a importância de compreender os fatores que determinam as diferenças populacionais em condição nativa, já que estas espécies são alvos dos pescadores por ter grande aceitação no mercado consumidor.

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Publicado

2020-09-01

Como Citar

de Souza Andrade, G. ., & Mayer Pelicice, F. (2020). ESTRUTURA POPULACIONAL DE Cichla kelberi E C. piquiti. Revista Multidisciplinar De Educação E Meio Ambiente, 1(1), 94. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rema/article/view/164