BIO-CONTROLE IN VITRO DE NEOPESTALOTIOPSIS FOEDANS, PATÓGENO A COCOS NUCIFERA L
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1604Palavras-chave:
ARECACEAE, ANTAGONISMO, FITOPATÓGENO, MYXOGASTRIAResumo
Introdução: Cocos nucifera L., é considerada uma das frutíferas mais difundidas mundialmente. A importância socio-econômica do coqueiro deve-se à produção de diversos produtos e sub-produtos oriundos de diferentes partes da planta, principalmente, do fruto, utilizado nas agroindústrias e in natura como alimento para a população. As doenças do coqueiro são fatores limitantes no desenvolvimento desta cultura, afetando de forma direta e negativa a produção dos frutos e, consequentemente, trazendo prejuízos significativos para os produtores. O registro acerca do potencial antagônico direto para espécies de myxomycetes é extremamente limitado, sendo ainda mais restrito o conhecimento deste potencial para o bio-controle de fungos fitopatogênicos de interesse agronômico. Objetivos: Com o intuito de contribuir para o desenvolvimento do conhecimento científico acerca do bio-controle de fungos fitoaptogênicos e o potencial biocontrolador dos mixomicetos, o plasmódio de Diderma chondrioderma (de Bary & Rostaf) G. Lister foi testado in vitro como antagonista de ascomiceto patógeno a plantas de interesse econômico. Materiais e métodos: A espécie de fungo foi isolada de folhas sintomáticas de Cocos nucifera L., identificada como Neopestalotiopsis foedans (Sacc. & Ellis) Maharachch. (Amphisphaeriales, Ascomycota) com base em caracteres morfológicos e análise filogenética (ITS, β-tubulina e TEF) e testada a sua patogenicidade, a qual foi confirmada para o hospedeiro. Resultados: Após a primeira semana de observação, registrou-se o crescimento considerável da colônia do fungo inoculado e a migração do plasmódio na direção do micélio, em todas as placas testes. No início da segunda semana foi evidenciada, em todas as culturas, atividade predatória exercida pelo plasmódio contra o fungo. Observou-se a sobreposição do micélio pelo plasmódio e excreção de material fagocitado, na medida em que o mesmo avançava pela colônia. Os conídios foram fagocitados, juntamente com o micélio e facilmente vistos no fluxo do conteúdo citoplasmático do plasmódio, impedindo a esporulação do fungo. Após a cobertura total dos micélios e conídios pelos plasmódios, as colônias se tornaram inviáveis e não apresentaram crescimento quando inoculadas em BDA. Conclusão: Este estudo apresenta o primeiro registro de atividade antagônica para a espécie D. chondrioderma além do primeiro relato de bio-controle acerca da espécie N. foedans, patógena a C. nucifera.
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