ANÁLISE DO PÓ DA CASCA DE JUREMA PRETA (MIMOSA HOSTILIS BENTH) COMO ADSORVENTE DE CORANTES TÊXTEIS EM MEIO AQUOSO.
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1285Palavras-chave:
ADSORÇÃO, JUREMA PRETA, CORANTESResumo
Introdução: Com o advento da ampliação das indústrias e do desenvolvimento populacional, problemas ambientais tornaram-se cada vez mais recorrentes e graves. Destaca-se a quantidade de efluentes gerados pelas indústrias têxteis, que, caso não mitigados, podem causar sérios problemas relacionados à contaminação ambiental e risco à saúde humana. Dentre os corantes utilizados por indústrias têxteis, destaca-se o azul de metileno (MB), empregado como corante bacteriológico e como indicador químico e o Indigo Blue (IB), usado no tingimento de tecidos. Tendo em vista os problemas gerados pela emissão das corantes, tecnologias que permitam a remoção desses poluentes em água são de extrema importância para o cenário socioambiental. Nessa assertiva, existe o processo de adsorção, que quando aliado a adsorventes de baixo custo operacional se tornam uma alternativa viável de mitigação dos problemas gerados. Objetivo: O objetivo da pesquisa almejou avaliar o potencial do pó da casca de Jurema Preta (Mimosa hostilis Benth) (PCJ) em remover dois corantes têxteis diluídos em água. Material e métodos: Foram feitas análises espectrofotométricas e de microscopia. As Capacidades Máximas Adsortivas (CMA) para os corantes MB e IB foram obtidas através do Modelo Matemático de Langmuir, que permite verificar quantos gramas de corante se aderem a 1g de adsorvente. Resultados: As análises físico-químicas mostraram que este material possui superfície heterogênea (com reentrâncias) e grupamentos químicos capazes de interagir e retirar os poluentes químicos da água. As CMA se revelaram satisfatórias, como comparado e averiguado em outras bibliografias. Além disso, os resultados relacionados as análises demonstraram que é possível obter uma adsorção eficiente de MB e IB quando associados ao PCJ. Porém, notou-se menor CMA para MB (3,5 mg/g) em relação a IB (115,21 mg/g), e isso pode ocorrer, pois as interações físico-químicas entre IB e PCJ podem ser mais fortes que as interações entre PCJ e MB. Conclusão: Sendo assim, os resultados dessa pesquisa sugerem o PCJ como uma nova alternativa na remoção dos corantes MB e IB em meio aquoso, mas havendo necessidade de investigação de outros parâmetros.
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