AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTITUMORAL DA LECTINA ISOLADA DA ESPONJA MARINHA CHONDRILLA CARIBENSIS
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1270Palavras-chave:
CÂNCER, CHONDRILLA CARIBENSIS, ESPONJA MARINHA, LECTINAResumo
Introdução: O câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum o crescimento desordenado de células, as quais podem, inclusive, invadir outros tecidos, ocasionando alto índice de mortalidade, assim sendo estabelecido como um importante problema de saúde pública. Células tumorais apresentam alterações significativas na expressão de glicoproteínas em suas superfícies e sua detecção precoce é uma etapa definitiva para a cura durante o tratamento. Na busca por novas moléculas com potencial biotecnológico, vários estudos de prospecção têm sido realizados em habitats marinhos. Lectinas oriundas dos habitats marinhos demonstram relevante potencial biotecnológico, na qual várias atividades biológicas estão descritas na literatura. Tendo em vista a frequente expressão de padrões aberrantes de glicosilação nas células tumorais, as lectinas por serem proteínas com capacidade de ligação seletiva a carboidratos surgem como promissores agentes antineoplásicos. Objetivo: Este trabalho objetivou avaliar a atividade antitumoral da lectina isolada da esponja marinha Chondrilla caribensis (CCL) sobre células de carcinoma de próstata (LNCaP), bem como analisar o perfil de citotoxicidade da CCL sobre a linhagem de queratinócitos normais (HaCaT). Material e Métodos: O efeito citotóxico da CCL foi avaliado através do ensaio de viabilidade celular usando o método colorimétrico do sal tetrazolium MTS para as células das linhagens LNCaP e HaCaT. As linhagens celulares foram expostas a concentrações de 500 a 7,8 µg.ml-1 de CCL por 48 h. Resultados: Os resultados mostraram uma redução de 76,71% na viabilidade de LNCaP nas concentrações de 500, 250 e 125 µg.ml-1 (IC50 = 44,31 µg.ml-1). Para a linhagem celular HaCaT, o tratamento com CCL nas concentrações de 500, 250 e 125 µg.ml-1 resultou na redução da viabilidade em 28,64 %; 12,24 % e 0,76 %, respectivamente, onde 71,36 % ± 0,588 das células HaCaT permaneceram viáveis após 48 h de tratamento. Conclusão: Em conclusão, os resultados sugerem que a CCL possui maior seletividade para a linhagem LNCaP, e em contrapartida apresentou toxicidade reduzida sobre queratinócitos humanos saudáveis. Estudos adicionais devem ser realizados para investigar o mecanismo de ação da CCL sobre as células utilizadas no estudo.
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