MONITORAMENTO DE ISOLADOS DE PSEUDOMONAS SPP. E ACINETOBACTER SPP. RESISTENTES ÀS POLIMIXINAS RECUPERADOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE LONDRINA EM UM PERÍODO DE CINCO ANOS
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1248Palavras-chave:
ACINETOBACTER SPP., EPIDEMIOLOGIA, POLIMIXINAS, PSEUDOMONAS SPP., RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOSResumo
Introdução: Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp. são importantes patógenos hospitalares responsáveis por infecções de difícil tratamento. O crescente número de isolados resistentes aos carbapenêmicos tem levado a retomada das polimixinas como último recurso terapêutico. O monitoramento das taxas de resistência aos antimicrobianos norteia as terapias empíricas, aumentando a chance de sucesso terapêutico. Objetivo: Caracterizar isolados clínicos de Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp. resistentes as polimixinas recuperados no Hospital Universitário (HU) de Londrina no período de janeiro/2016 a dezembro/2020. Métodos: Foram analisados dados referentes às culturas positivas para Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp. resistentes as polimixinas quanto ao sexo do paciente, tipo de amostra biológica, setor de internação e perfil de sensibilidade aos antimicrobianos. Apenas uma amostra por paciente foi incluída no estudo. Resultados: Um total de 15 isolados de Pseudomonas spp. e 95 de Acinetobacter spp. foram incluídos no estudo. A maioria dos isolados (66,7% e 57,9%) foram recuperadosde pacientes do sexo masculino internados nas Unidades de Tratamento Intensivo (33,3% e 68,4%) e Unidades de Tratamento de Queimados (33,3% e 8,4%). Urina (53,3% e 10,5%), material respiratório (26,7% e 74,7%) e tecido (13,3% e 7,4%) foram as amostras clínicas com maior frequência de isolamento destes microrganismos. Destes, 13,3% e 13,7% foram classificados como multirresistentes e 73,4% e 80,0% como extensivamente resistentes aos antimicrobianos. Taxas elevadas de resistência foram observadas aos carbapenêmicos (80,0%; 90,5% - imipenem, 73,3%; 92,6% - meropenem), aminoglicosídeos (60,0%; 86,3% - amicacina, 86,7%; 58,9% - gentamicina), fluoroquinolonas (73,3%; 91,6% - ciprofloxacin, 53,3%; 86,3% - levofloxacin), cefalosporinas (66,7%; 92,6% - cefepime, 66,7%; 90,5% - ceftazidima) e polimixinas (66,7%; 51,6% - polimixina B, 53,3%; 82,1% - colistina). Discussão: As altas taxas de resistência obtidas demonstram as limitações terapêuticas em infecções causadas por estes microrganismos no HU. Destacando, assim, a importância do monitoramento da resistência, medidas efetivas de controle de infecção, bem como programas stewardship para o uso racional dos antimicrobianos.
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