LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA BIODIVERSIDADE DE FUNGOS MICORRÍZICOS EM CINCO FITOFISIONOMIAS DA SERRA DE CARAJÁS-PA
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1218Palavras-chave:
BIODIVERSIDADE DE FUNGOS MICORRÍZICOS, FITOFISIONOMIAS DA SERRA DOS CARAJÁS, RELAÇÃO FUNGO-SOLO-PLANTAResumo
Introdução: Os fungos micorrízicos são simbiontes de raízes, cuja diversidade está estreitamente relacionada aos fatores bióticos e abióticos dos ecossistemas. Na região sudeste do Pará, nos limites da província mineral de Carajás, as unidades de conservação abrigam uma variedade de tipologias vegetais e gradientes físico-químicos peculiares no solo. Objetivo: O presente estudo teve como intuito apontar a biodiversidade de fungos micorrízicos existentes em cinco fitofisionomias nas FLONAS de Carajás e Tapirapé-Aquirí, correlacionando com as particularidades dos solos e vegetação presentes nestas regiões. Materiais e métodos: Amostras de solo da camada 0-20cm foram coletadas nas tipologias de Floresta Ombrófila Aberta (FOA), Floresta Ombrófila Densa (FOD), Capão de Floresta (CAP), Savana Metalófita (SAV) e Vegetação Xerofítica (VEX), as raízes finas foram separadas para determinação da porcentagem de colonização micorrízica. A extração de esporos de fungos micorrízicos foi executada pelo peneiramento em via úmida para determinação da densidade, riqueza, frequência e posterior identificação das espécies. Análise físico-química do solo também foi realizada. Resultados: As análises estatísticas apontaram que a colonização micorrízica foi maior em FOD (49,44%) onde observou-se os menores teores de fósforo no solo. SAV e VEX apresentaram as menores colonizações e não diferiram entre si (3,78%). A densidade de esporos atendeu a ordem SAV>VEX>CAP=FOD=FOA. A análise físico-química do solo evidenciou altos teores de Fe em SAV e Zn em VEX. Foram isolados, preliminarmente, 12 morfotipos (M1 a M12) de esporos micorrízicos. A riqueza de espécies foi maior e igual para FOA e FOD, seguindo de CAP, VEX e SAV. O Índice de Shannon apontou maior diversidade em FOA (2,03) e menor em CAP (1,71). Nove morfotipos (M1 a M9) ocorreram em 100% das áreas, o que pode representar plasticidade adaptativa destas espécies. Por outro lado, M12 foi restrito às áreas de floresta (FOA e FOD), o que provavelmente deve-se à sua associação particular com plantas lenhosas. Conclusão: As fitofisionomias apresentaram determinadas condições ecológicas diferentes entre si e, consequentemente, os aspectos ecológicos de colonização radicular, densidade de esporos, riqueza de morfotipos e diversidade dos fungos micorrízicos foram diferentes e/ou equivalentes, em algumas situações.
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