AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE NEMATICIDA E OVICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Foeniculum vulgare EM Caenorhabditis elegans
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1102Palavras-chave:
Anetol, Anti-helmíntico, C. elegans, funcho-doce, óleo essencialResumo
Introdução: As infecções causadas por geo-helmintos afetam humanos, plantas e animais, trazendo preocupação para a saúde pública e para o setor agropecuário. O desenvolvimento de resistência relatada em helmintos parasitas frente aos antiparasitários trouxe a necessidade de buscar novos agentes terapêuticos como alternativa aos fármacos já existentes. Objetivo: Avaliar as atividades antinematódeas do óleo essencial de Foeniculum vulgare (funcho-doce), utilizando o nematódeo Caenorhabditis elegans como modelo biológico. Material e métodos: O óleo essencial comercial de F. vulgare foi testado nas concentrações de 0,5%, 0,25%, 0,13%, 0,06%, 0,03% e 0,01% (v/v). O solvente do óleo (Tween 80) foi utilizado como controle negativo, enquanto o controle positivo foi realizado com Levamisol a 25 mM. Os ensaios foram realizados em triplicata e em três momentos diferentes (n=9), avaliando por microscopia óptica a quantidade de nematódeos vivos e a motilidade nos períodos de 6h, 24h e 48h de exposição ao óleo essencial. Posteriormente, foram realizados ensaios analisando os efeitos ovicida, pela inibição da eclosão das larvas após 24h de exposição. Para a identificação dos componentes do óleo foi realizada a cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa. Resultados: O óleo de F. vulgare apresentou redução significativa (p<0,05) de nematoides vivos e de eclosão das larvas dos ovos a partir da concentração de 0,06%, além de uma redução acentuada na motilidade. Nas concentrações de 0,13% e 0,25% observou-se a redução de mais de 50% de nematódeos vivos, enquanto no tratamento com 0,5% não foi observada a presença de nematódeos vivos a partir do período de 6h. A caracterização química do óleo identificou o anetol (89%) como composto majoritário. Conclusão: O óleo essencial de F. vulgare apresentou atividades nematicida e ovicida em C. elegans, sendo este efeito possivelmente causado pelo composto anetol, e desta maneira possui potencial para ser utilizado no desenvolvimento de novas terapias antihelmínticas.
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