EFEITOS DA PERDA DE HABITAT SOBRE AS FUNÇÕES ECOLÓGICAS DE PLANTAS LENHOSAS DA MATA ATLÂNTICA
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1084Palavras-chave:
Perda De Habitat, Flora Lenhosa, Diversidade FuncionalResumo
Introdução; A perda de habitat é a principal causa da perda contínua de biodiversidade em todo o mundo. Fundamentalmente, está cada vez mais claro que as perdas na cobertura florestal em escalas de paisagem resultam em mudanças substanciais em uma série de processos ecológicos e funções do ecossistema que, em última instância, determinam a trajetória futura de muitas das florestas mais diversas e ameaçadas do mundo. Objetivos; Buscamos nesse estudo avaliar a resposta da riqueza taxonômica e diversidade funcional de plantas lenhosas da Mata Atlântica frente a perda de habitat na escala da paisagem, bem como, avaliar o modelo que melhor descreve o comportamento dessas relações. Material e métodos; Esse estudo foi realizado em onze paisagens de 6 x 6 km (36 km²) com diferentes proporções de cobertura florestal (entre 5% e 60%) na Mata Atlântica da Bahia. Foram estabelecidas oito parcelas de 250 m² aleatoriamente escolhidas em cada paisagem, e amostrados ramos de todos os indivíduos lenhosos com circunferência acima do peito (CAP) igual ou superior a 8 cm. A classificação das espécies por característica funcional foi baseada em livros, dissertações, teses, artigos científicos e banco de dados ecológicos virtuais. O s modelos foram selecionados com base no critério de informação de Akaike e (ΔAIC). Resultados; A redução da cobertura florestal na escala da paisagem afetou negativamente a riqueza taxonômica e funcional e essas relações foram não lineares (modelo de potência) . A uniformidade funcional não respondeu a quantidade de cobertura de floresta na paisagem (modelo nulo). Já a divergência funcional respondeu positivamente dentro desse cenário (modelo de potência). Conclusão; Os efeitos da perda de habitat de floresta sobre a comunidade de plantas lenhosas da Mata Atlântica e suas funções associadas tem implicações importantes para a conservação em paisagens humanamente modificadas. Nosso modelo demonstra perda significativa da riqueza de espécies quando a quantidade de floresta é reduzida. Ademais, a riqueza funcional também demonstrou ser duramente penalizada pela redução da perda de floresta na paisagem. Tendo em vista que a riqueza taxonômica, riqueza funcional e redundância funcional são aspectos importantes para manutenção e resiliência dos ecossistemas, essas respostas frente a perda de habitat de floresta em escala de paisagem, colocam em xeque a permanência a longo prazo da comunidade lenhosa megadiversa e suas funções associadas na Mata Atlântica.
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